Saúde Mental da Criança e do Adolescente

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(Texto extraído e adaptado do capítulo “Saúde Mental Infantil”, do Tratado de Medicina de Família e Comunidade 2 edição, escrito pelo Dr Flávio Dias – referência completa ao final do texto)

Ter sólidas noções do que é uma infância e adolescência normal é fundamental para o profissional que atende queixas de saúde mental nesta faixa etária. É muito frequente uma queixa trazida por pais ou mesmo professores ser apenas uma manifestação normal de uma fase do desenvolvimento – e neste caso, o papel do profissional é apenas orientar a condução da situação. O desenvolvimento psicossocial infanto-juvenil é um processo caracterizado pela sequência de diversas fases. Em cada uma destas fases ocorrem distintos fenômenos cognitivos, emocionais e sociais e comportamentais que vão propiciando a evolução do ser humano em direção à progressiva autonomia. Importantes teorias a respeito do desenvolvimento psíquico infanto-juvenil tem sido desenvolvidas principalmente desde o século 20, destacando-se Freud com sua teoria psicanalítica dos estágios sexuais, Piaget e a proposta dos estágios do desenvolvimento cognitivo, John Bowby e a teoria do apego, e Pavlov e Skinner com suas teorias sobre aprendizado através do condicionamento operante.

Em alguns casos, entretanto, crianças e adolescentes demonstram dificuldades emocionais, sociais, cognitivas ou comportamentais que geram prejuízos importantes em suas vidas. Dificuldades para aprender a falar, insuficiências de aprendizado (global ou restrito a habilidades escolares) e comportamento agitado ou irritável (por vezes “fora de controle”) são motivos frequentes de busca de ajuda profissional. Em adolescentes, queixas como desânimo, insônia, alterações alimentares, bem como uso excessivo de tecnologia, uso de substâncias psicoativas, situações de automutilação e até mesmo ideação suicida são bastante comuns. Cada uma destas questões deve ser explorada com bastante cuidado, levando-se em conta o que pode fazer parte de uma etapa normal do desenvolvimento, e o que pode estar associado a um quadro patológico que necessite intervenção.

Quais principais problemas vistos em crianças trazidas ao consultório?

Abaixo segue uma lista de problemas frequentemente atendidos por psiquiatras e psicólogos:

  1. Dificuldade na aquisição da fala ou recusa para falar em situações específicas;
  2. Dificuldade de aprendizado para habilidades básicas do dia a dia;
  3. Baixo rendimento escolar;
  4. Irritabilidade ou conduta “fora de controle”;
  5. Fadiga ou Mudança de Apetite;
  6. Recusa de ir à Escola;
  7. Queixas Médicas Frequentes;
  8. Preocupações excessivas;
  9. Isolamento;
  10. Comportamento de se provocar lesões;
  11. Alteração súbita de personalidade ou confusão mental.

Dependendo da avaliação de cada caso, eventualmente o profissional pode detectar a presença de transtornos emocionais e comportamentais como os exemplificados abaixo:

  1. Problemas clínicos se apresentando com sintomas comportamentais e emocionais;
  2. Problemas familiares ou comunitários relacionados à violência, como abuso e bullying;
  3. Problemas neurodesenvolvimentais, como Deficiência intelectual, Autismo, TDAH e Dislexias;
  4. Problemas externalizantes, como Transtorno Opositor Desafiante e Transtorno de Conduta;
  5. Problemas internalizantes, como Ansiedade de Separação, outras ansiedades, Mutismo Seletivo e Depressão;
  6. Problemas alimentares, como Anorexia e Bulimia Nervosa.

Quais possibilidades de tratamento?

O tratamento de crianças e adolescentes depende dos problemas a serem enfrentados. É possível que e algumas situações apenas psicoterapia para o jovem, ou orientação psicológica para os pais seja o suficiente. Já em casos mais complexos o auxílio de outros profissionais como terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e pedagogos é fundamental. Eventualmente medicamentos psiquiátricos são utilizados em crianças e adolescentes, e podem ajudar substancialmente quando necessário. Mas não esqueça – o diagnóstico e tratamento devem ser sempre realizados por um profissional qualificado.

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Dr. Flávio Dias

Médico Psiquiatra, CRM TO 2736 | RQE 1213

Médico pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Especialista em Psiquiatria pelo Instituto Abuchaim, Porto Alegre/RS, 2011, com Título de Especialista pela Associação Brasileira de Psiquiatria

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Danitsa Lisbôa

Psicóloga, CRP 23/ 1643

Psicóloga formada pela Universidade Luterana, Palmas/TO.

Especialista em Terapias Cognitivas pela Cognitiva Scientia/ SP.

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